Restos mortais guardados no Posto Avançado do Instituto Médico Legal (IML) de Parnaíba foram perdidos depois de apodrecerem numa geladeira que parou de funcionar. O IML de Parnaíba dispõe de duas geladeiras, mas somente uma estava funcionando, desta vez parou também de funcionar.

Por conta disso, um corpo vítima de acidente de trânsito, e que aguardava por reconhecimento, também apodreceu e foi enterrada como indigente. O cadáver estava há quase oito meses na geladeira. Quanto aos restos mortais, estavam armazenadas amostras do casal José Dílson Alves da cunha, 53 anos, e Maria da Conceição Almeida, 47 anos, que foi encontrado putrefato em março deste ano em uma casa no Bairro João XXIII. O caso ficou sem elucidação.

No IML ainda era armazenado o útero de Isabel Batista da Silva, 20 anos, que morreu depois de ter 82% do corpo atingido por queimaduras de terceiro grau, na penitenciária, bem como outras amostras de pessoas vítimas de mortes relacionadas a crimes e acidentes de trânsito.

O resultado dos exames não saiu por conta da ausência de diárias que foram solicitadas e não concedidas pelo Estado; pois as análises são feitas em Teresina (PI) e em Fortaleza (CE). Sem laudos com seus respectivos resultados, a conclusão de inquéritos policiais, o reconhecimento de uma pessoa desaparecida está acabado.